quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bloco de Devaneios - Entrevista à autora Sara Farinha

Bloco de Devaneios - Entrevista à autora Sara Farinha


Alguma vez tiveste medo de que não funcionasse?

Enquanto o escrevia consolava-me com a ideia de que ninguém o iria ler. Em cada etapa deste longo caminho tive medo de que não funcionasse. Ontem tinha medo de que não funcionasse. Neste momento tenho medo de que não funcione. E daqui a dez anos estarei convencida de que não funcionou.

“Percepção” é o primeiro passo na minha aprendizagem como autora. É a minha primeira obra, é o depósito de todas as minhas esperanças e a minha primeira experiência pública como escritora de obras mais extensas.

Quanto àquilo que não funcionar? Só poderei comprometer-me a identificar o que não correu como eu gostaria e predispor-me a fazer melhor na próxima vez. Garanto que neste momento, já estou empenhada em fazer melhor. A preparar-me para não recear aquilo que se desconhece.

Qual é que achas que é o público-alvo do teu livro?

Jovens adultos, mulheres e homens que gostem de ler, que apreciem ficção, fantasia urbana, romance e sobrenatural. Pessoas que gostem de fantasia, mas que não se esqueçam do mundo real. Pessoas inquisitivas, imaginativas, independentes e perspicazes. Mas como li algures, uma boa história não discrimina ninguém.

Podemos ficar à espera de outro livro teu?

Sim. Não sei qual a conjuntura em que isso acontecerá mas, “Percepção” foi a primeira história, a par dela tenho um outro livro a precisar de revisão e uma outra história a ganhar forma. E quem sabe qual delas poderá vir a público? Talvez uma sequela de “Percepção”, ou uma outra história ainda no reino das ideias…

Que importância atribuis à blogosfera literária?

A blogosfera tem mudado o mundo. Aproxima pessoas, espalha ideias, divulga as artes e no campo da literatura, tem tido uma importância crescente. As plataformas de autor têm invadido a blogosfera, os blogues literários têm ajudado a passar a mensagem, a internet facilita a disseminação do conhecimento e tem ajudado todos aqueles que, como eu, procuram aceder àquilo que se produz noutros lados do mundo. Actualmente, noventa porcento da divulgação de um produto passa pela internet e para os autores cuja obra só faz sentido quando partilhada com o mundo, a blogosfera literária é um veículo poderoso no acto de espalhar a mensagem.

Eu ando por lá há quatro anos (http://sarinhafarinha.wordpress.com/), e considero-a uma ferramenta indispensável para a disseminação do conhecimento e para a promoção do entendimento global.

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