À Lareira Com... Eva Barros, autora do livro "Patrulha Azul"
Fale-nos um pouco sobre si
Falar sobre mim? Nunca foi fácil falar sobre nós mesmo. O que posso dizer é que sou uma pessoa simples persistente e sonhadora.
Começou o seu percurso como escritora desde cedo, com diários e cadernos de confidencias. Quando surgiu este gosto pela escrita?
Sempre gostei de ler e de escrever. Gosto de criar e viajar em universos mágicos meus ou propostos por outros autores. Gosto de me transcender e escrever sobre essas experiências.
Escreve peças infantis, que encena com a sua companhia de teatro – os Inadaptados. Pode-nos contar um pouco sobre como surgiu esta oportunidade?
Comecei a escrever peças infantis por dar aulas de expressão dramática a crianças. Pequenos diálogos para exercícios nas aulas, deram lugar a peças para a apresentações finais. Em 2011, os Inadaptados, um colectivo artístico do qual faço parte, nasceu e com ele o espectáculo da minha autoria “Melhor não é, mas é mais seguro”, seguido do espectáculo musical infantil “Booky e a Barca dos Sonhos”. É um dos nossos objectivos trabalhar textos inéditos, o que me dá alguma liberdade para escrever textos para pormos em cena.
Como é trabalhar os seus textos com as crianças do grupo de teatro infantil Vizelarte?
É sempre uma grande partilha e aprendizagem porque o espectáculo passa de meu a nosso. Surgem constantemente propostas deles em relação à direcção dos personagens e por vezes da história. A genuinidade e urgência das crianças é deliciosa e ajuda em muito na criação de ficções fantásticas.
Como surgiu a ideia para este livro “Patrulha Azul”?
A Patrulha Azul surge numa tarde de limpezas quando a minha melhor amiga partilhou comigo que tinha sonhado que o mundo seria todo a preto e branco e não tinha cor porque alguém tinha decidido assim. Desde então, essa história ficou-me no ouvido e numa viagem de autocarro comecei a escrever a Patrulha Azul
É desafiante escrever para os mais pequenos?
Sim. Pensamos que os adultos são os mais exigentes mas não é bem assim. As crianças são muito mais exigentes que os adultos. Não gostam de se sentir subvalorizadas, gostam de ser tratadas directamente e gostam de ser desafiadas. Ou gostam ou não gostam, não fazem favor de gostar e de dizê-lo. Por gostar imenso de crianças, trabalhar com elas e para elas é uma enorme satisfação.
A sua formação em Marketing influencia de alguma forma a sua escrita?
Não sei… talvez. Talvez a procura de necessidades e temas que possam ter interesse para as crianças e que de certa forma os contamine com a história tenha uma pitada da minha formação base.
Tem algum projecto literário em mãos? Pode falar-nos um pouco sobre ele?
Sim, neste momento tenho em mãos um projecto infantil e outro para adultos. Ainda não posso revelar muito sobre eles pois ainda estão em processo de maturação, mas posso dizer que vêm aí surpresas! Aventura e mistério para os mais novos e emoções fortes para os mais velhos.
Para terminar, deixe uma mensagem aos nossos leitoresJ
Para todos os vossos leitores, obrigada por seguirem o meu trabalho. Espero poder continuar a colorir o vosso imaginário de azul e de muitas outras cores. Ler é estar vivo.
Obrigada Eva Barros
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