terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Resultados do concurso Alfarroba 2011/2012 "O Retângulo"


Eis os vencedores:

Raquel Silva
José Cabral
Donzília Martins
João Barreta
Vítor Baptista
Humberto Oliveira
Elsa Filipe
Marta Silva


Os vencedores verão o seu texto publicado em livro pela Alfarroba... muito em breve!
Parabéns a todos!

Nota: A editora reserva-se o direito à seleção de apenas 8 textos, de acordo com o regulamento e critérios pré-estabelecidos do concurso literário.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Lusos, tugas, portugueses, somos desta terra e gostamos. A Alfarroba tem gente e gente que gosta de ser portuguesa e da nossa língua. Por isso trabalhamos em português e em Portugal, editamos histórias escritas em português, desenhamos e imprimimos livros em Portugal. Espalhamos as nossas palavras, as nossas histórias, pela nossa terra.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ao domingo com... Célia Loureiro

Ao domingo com... Célia Loureiro


Não me recordo do momento exacto em que comecei a escrever. Lembro-me, contudo, que antes de saber fazê-lo já inventava histórias, mas contava-as através de ilustrações. Mais tarde, por volta dos dez, doze anos, comecei a criar pequenos enredos, relativamente simples, baseados não na minha vida, mas nas suas possibilidades. Recordo-me que teriam cerca de doze páginas, gradualmente ampliadas que, conforme cresciam, iam contanto histórias mais complexas. Costumo pensar para mim que a escrita é um trabalho solitário, e felizmente assim é. Não segui arquitectura, como cheguei a ambicionar, porque não tinha jeito com números. O meu talento, se tenho algum, prende-se com as letras. E acabei por ser arquitecta. Crio mundos, pessoas, situações. Dou-lhes as cores, a dimensão e a profundidade que entendo. Atiro-os ao chão e levanto-os. Geralmente, a minha inspiração vem de histórias próximas, e ficciono-as, manipulo os acontecimentos, as épocas, as reacções, até explorar uma outra possibilidade de final, que não a autêntica. Resumidamente, aplico massivamente o e se?

Quando, em 2009, abri pela primeira vez o documento que intitulei de imediato de "Demência", sabia que não seria um daqueles rascunhos a ser eliminados ou abandonados mais tarde. Como frequentemente, tinha duas histórias paralelas, uma que se desenrolou no passado e que explica grande parte do presente, e outra a suceder actualmente e a necessitar de ser resolvida. Deste modo, juntei duas personagens que há muito pairavam na minha mente - uma senhora a começar a padecer de Alzheimer, e uma jovem mãe vítima de violência doméstica, pressionada ao limite e autora de um crime socialmente imperdoável, especialmente em meios reduzidos, como é o caso. Quis que ambas as personagens fossem protagonistas de uma história de sobrevivência, que as suas essências coincidissem nesse ponto e fossem motivo de incompreensão mútua. Quis valer-me da ironia da vida, do destino, dos caminhos que parecem despregados e que se entrelaçam e fazem sentido em situações impensáveis. Quis incluir um pouco do improvável neste enredo realista. Creio que os acontecimentos retratados são familiares a muitos portugueses. Nem que provenham da história de um primo afastado ou de uma vizinha. Considero que este romance é uma deambulação no nevoeiro. As personagens estão interiormente atormentadas por erros que cometeram ou obstáculos que não conseguem transpor e fica ao vosso critério descobrir se virá, ou não, o tão desejado sol sobre as suas cabeças. Quis dar azo a um debate social - velhice, solidão, aborto, pobreza, violência doméstica, justiça, doenças degenerativas, tradição - e a uma luta interior - culpa, arrependimento, sacrifício, redenção e desespero. E creio que o consegui. Reafirmo que esta história não é, especificamente, a história de ninguém. Mas é, seguramente, a história de alguém.

Célia Correia Loureiro

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Opinião do livro "Percepção"

Mil Estrelas No Colo


Título: Percepção, uma estranha realidade
Autor: Sara Farinha
Editora: Editora Alfarroba
Edição: 29 de Novembro 2011

Sinopse: Joana cedo descobriu que os estados emocionais dos outros toldavam o seu raciocínio e moldavam o seu comportamento. Em busca duma vida anónima, Joana esconde-se em Londres, procurando ignorar a maldição que a impede de viver uma vida normal. É aí que a sua vida se cruza com a de Mark, um arqueólogo americano que viaja pelo mundo à procura de outros sensitivos como ele. Joana relutantemente aceita a amizade de Mark, acabando por encontrar nele o seu maior aliado na aprendizagem sobre a vivência dum sensitivo. As capacidades crescentes de Joana atraem as atenções não só de Mark como do Convénio, uma organização ilegal que pretende reunir sobre o seu domínio todos os Sensitivos. É apenas quando a sua melhor amiga é posta em perigo, que Joana descobre que a sua maldição pode ser um dom, e que a vida ultrapassa todos os seus receios e expectativas.

A minha opinião:
Quando comecei a ler este livro estava muito curiosa porque pela sinopse não sabia muito bem o que esperar e não fazia ideia do que se tratava.
Nesta história conhecemos Joana que é uma sensitiva,(não quero explorar muito este conceito para serem surpreendidos quando lerem o livro, tal como eu fui surpreendida!) que se muda para Londres para tentar viver uma vida normal, sem os olhares de julgamento da sua família, vizinhos, etc.
Conhece Mark e é a partir daí que a sua vida muda completamente! É com ele que Joana começa a se conhecer mais profundamente e finalmente acaba por descobrir o que realmente é e todas as coisas de que é capaz de fazer.

Gostei deste livro e claro que o ponto principal é este tema, novo (pelo menos para mim!) e muito interessante. Confesso que no início houve momentos que pensei que iria-me ser apresentada mais uma Sookie da série Sangue Fresco de Charlainne Harris, mas ainda bem que estava enganada, porque não tem nada a ver!

Achei que a personagem principal está muito bem construída e explorada e os personagens secundários tem um papel importante em todo o trama da história. Como ponto negativo tenho a salientar a pouca exploração do Convénio e da relação de Mark e Joana. Confesso que se houvesse mais cenas entre eles (talvez até mais intimas) o livro poderia ser ainda mais interessante. Mas talvez a autora queira deixar essa parte para um segundo livro que eu fico a aguardar!

Parabéns Sara! Gostei muito e recomendo!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Morrighan - Entrevista a Sara Farinha

Morrighan - Entrevista a Sara Farinha

Boa tarde queridos leitores! Hoje apresento-vos mais uma autora portuguesa que se estreou recentemente no mundo literário enquanto autora. Conheçam a Sara Farinha!

Fala-nos um pouco sobre ti:
Sou alfacinha de gema, que vive numa cidade feita de contrastes e com um percurso pessoal que exigiu esforço e motivação, às vezes contra todas as probabilidades. Adoro escrever e adoro histórias, sejam relatos reais das pessoas com quem me cruzo, livros, filmes, séries televisivas, letras de música ou poesia. Adoro a língua inglesa, música, cantar, viajar e fotografar. Os amigos e a família são muito importantes, e valorizo a sua presença tanto quanto valorizo estar sozinha.
Sou curiosa por natureza e gosto de encontrar explicações lógicas para aquilo que me rodeia. Sou alguém que, perante as dificuldades, arranjo maneira e quando confrontada com obstáculos procuro compreendê-los e ultrapassá-los. Acredito em valores orientadores e frequentemente me debato com as falhas humanas e os seus motivos. Reflicto muito sobre o que se passa à minha volta e sobre como mudar em mim e nos outros aquilo que não me agrada. Sou uma eterna insatisfeita, uma perfeccionista que não tem medo de assumir erros, apesar destes serem duros golpes. E acredito piamente que, quando queremos algo arranjamos maneira.

Qual é o teu estilo e ritmo de escrita:
Quanto ao estilo de escrita, gosto de acção, emoção, romance e fantasia. Tento escrever histórias com um ritmo rápido, que sejam emocionantes e que fujam da descrição excessiva. Gosto de explorar géneros e estilos, procuro aprender sobre a arte da escrita, e agrada-me misturar realidade e ficção numa mesma história.
Quanto ao ritmo de escrita há sempre mais do que um projecto a decorrer o que significa que cada um deles tem um ritmo próprio. O blogue necessita de atenção quase diária, os contos de atenção esporádica, os poemas de inspiração fulminante, os livros de pesquisa, execução e revisão continuada. Escrevo quase todos os dias, para projectos diferentes e com níveis de dificuldade diferentes.

Quais são as tuas influências:
O meu pai influenciou muito daquilo que sou, proporcionou-me as bases e incentivou-me a pensar por mim própria. Os livros que ele comprava, fossem para ele ou para mim, fizeram o resto. Obras como “Marune Alastor 933”, “Hamlet”, “Os Cinco”, “Homem-Aranha”, “X-Men”, “Drácula de Bramstoker”, “A Flecha Negra”, “The Mad Fiddler”, “Os Maias”, ocuparam parte da minha infância e adolescência.
Consumidora assídua de filmes e séries televisivas (ainda antes de saber ler), tenho boas (e más) memórias de “Modelo e Detective”, “V - A Batalha Final”, “Alfred Hitchcock Apresenta”, “Exterminador Implacável”, “A Guerra das Estrelas”, “Poirot”, “Ficheiros Secretos”, “Linha Mortal”, entre muitas outras histórias.
Actualmente prefiro sobrenatural, fantástico, steampunk, romance, policiais, e ficção científica. Géneros que sempre me acompanharam e que têm vindo a banalizar-se, perdendo o estigma duvidoso que tinham.

O que te levou a escrever na área do sobrenatural?
O facto de serem as minhas histórias preferidas. Adoro a magia dos mundos inventados, a imaginação que possibilita e sustenta esses livros e filmes. Agrada-me escrever sobre coisas que não são reais, imaginar mundos e personagens, enredos e complicações. Gosto especialmente daquelas histórias que, sendo fantasia poderiam perfeitamente ser reais, que são uma espécie de fundamentação científica da fantasia.
Ler uma história é uma forma de nos afastarmos da nossa realidade e de viver aventuras que, de outra forma não poderiam ser vividas. E é isso que me agrada na literatura fantástica, esse poder de nos transportar para outras vivências, de introduzir alguma magia na nossa vida. E se isto me seduz como leitora, também o faz como autora.

Como foi o caminho até à publicação deste teu primeiro romance? Tiveste muitas dificuldades em publicar? Fala-nos um pouco sobre esse processo.
Há uns tempos atrás escrevi no meu blogue que o mercado Português é tão grande como uma ervilha… e desidratada. Há espaço para alguns, mas não para muitos e gostaria de acreditar que esses alguns seriam os melhores.
Posso descrever a minha experiência pessoal, na publicação deste primeiro livro, como expectável. Primeiro tentei perceber como funcionava o mercado literário português, como as editoras trabalham e quais as experiências daqueles que já haviam passado por isto, para acautelar desilusões. Depois, reuni coragem, e comecei a enviar alguns e-mails para editoras que publicam dentro do género literário de “Percepção”. Algumas editoras não deram qualquer resposta. Duas mostraram-se interessadas em publicar.
A Alfarroba foi a escolha que, para mim, fez sentido. Estou muito satisfeita com o trabalho deles e com o apoio e a prontidão de resposta. E nunca tive ilusões que publicar envolve esforço, compromisso e persistência da minha parte.

Tens tido feedback dos teus leitores? Como é que gostas de interagir com eles?
Tenho tido algum feedback, não tanto nem tão público como gostaria, como é habitual. Algumas reacções foram excelentes e deixaram-me muito orgulhosa. Procuro incentivar o contacto quer nos blogues (pessoal e do livro), como nas páginas de Facebook (pessoal e livro), no Twitter, Goodreads e Google+. Mas sei que a maioria das pessoas limita as suas interacções a “Gostos”, ainda somos um povo algo tímido (e desconfiado) no que diz respeito à interacção através da www.

Projectos Futuros:
Mantendo o meu lema de ‘Aprender todos os dias algo novo’, tenho algumas ideias em mente e projectos em andamento. Neste momento encontro-me a escrever um terceiro livro. Planeei começar a escrevê-lo no início de 2012, mas a inspiração manifestou-se nos últimos dias. E apesar de ainda andar às voltas com algumas partes da história, não tive como evitar este início.
Tenho uma outra história à espera de revisão e estou a ponderar disponibilizá-la online. Adorei escrevê-la e ia odiar mantê-la na gaveta virtual para sempre, mas isto implica ter tempo para fazer a revisão e uma investigação cuidada sobre e-books. Mais um projecto a executar em breve.
Continuar a divulgar o meu primeiro livro publicado. E claro, manter o meu blogue a funcionar em pleno (http://sarinhafarinha.wordpress.com/).

E a pergunta da praxe: o que achas do blog Morrighan?
Descobri este blogue há algum tempo e confesso que o que me atraiu primeiro foi a sua faceta de divulgação do paganismo. Ao explorar os vários artigos descobri um espaço virtual interessante, cheio de novidades literárias, que tenho tido muito gosto em acompanhar. É um blogue que faz parte da minha lista de links “Inspiradores” e que visito sempre com prazer.
Quero agradecer à Sofia Teixeira pelo interesse demonstrado assim como, pelo bom trabalho desenvolvido neste blogue. Desejo-lhes os maiores sucessos e muitos anos de bons artigos.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A baloiçar



A Alfarroba irá estar em balanço até ao próximo dia 10 de janeiro. Receberemos todas as informações, e-mails e telefonemas, mas poderemos não ser tão breves na resposta.
Obrigado.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ano novo, palavras acordadas

Com a entrada do novo ano, todas as comunicações internas e externas da Alfarroba passarão a ser efetuadas segundo as normas do Novo Acordo Ortográfico, devidamente identificadas pelos seguintes logos:




As edições, publicações, formações e serviços irão manter-se identificados com o logo do Novo Acordo Ortográfico, se for o caso.

Já andamos de volta de um novo país

Terminou no dia 31 de Dezembro a recepção de contos para o concurso literário Alfarroba 2011/2012 "O Rectângulo".

No final de Janeiro serão revelados os dez países mais promissores.