sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Entrevista a Andreia Ferreira, autora da "Trilogia Soberba" (Mil Estrelas no Colo)

Entrevista a Andreia Ferreira, autora da "Trilogia Soberba" (Mil Estrelas no Colo)




1) Olá Andreia, em primeiro lugar parabéns pelo sucesso do teu primeiro livro e pela publicação do segundo.
Como te sentes ao veres um segundo livro teu ser publicado?
Estou muitíssimo feliz.
Após um ano do nascimento, com a publicação do “Soberba Escuridão”, o “Soberba Tentação” mostra que a “Trilogia Soberba” está a crescer a olhos vistos. Enche-me de alegria saber que há quem espere ansiosamente para ler o desenrolar das personagens por mim criadas. É sinal de que as pessoas gostam do meu trabalho, sentem-se curiosas por aquilo que escrevo e que não passa despercebido no meio da imensa oferta que temos. É tudo o que posso desejar. Agora, só aspiro abrir um leque maior de leitores para os “soberbas”.
2) Conta-nos de onde vem a tua inspiração.

A minha inspiração vem da própria vida. Sou uma espetadora atenta nas horas em que estou acordada e tento ser uma analista nas horas em que estou a dormir. Tenho imensa imaginação e adoro pegar na ponta de um fio, desenrolando os acontecimentos, para ver até onde me leva.
3) Quando estavas a escrever este segundo volume partilhaste a história com alguém para te aconselharem?
Gosto de ouvir opiniões, gosto de sentir a vontade das pessoas em ver a história em andamento, dá-me imensa motivação. Contudo, não costumo acatar as opiniões de mudanças no enredo ou as sugestões de desfecho; só as de caráter técnico.
Tenho algumas pessoas que me ajudam, ao ouvir-me a divagar sobre a história e colocando questões.
4) O que é que nos espera num futuro próximo em termos de projecto?
A prioridade imediata é o desfecho da trilogia, “Soberba Ilusão”. Depois, tenho duas histórias em rascunho. Aquelas em que mais me tenho debruçado falam uma do “Azar”, com um toque de bruxaria, e a outra de sonhos.
Pretendo, no futuro, escrever histórias independentes à trilogia, com duas das personagens.
Recentemente, tem-me surgido uma luz de algo mais calmo, mais reflexivo, mas pretendo guardar essa ideia na gaveta, até ter a maturidade (que só vem com a idade) para a escrever.
5) Na primeira entrevista que te fiz não o perguntei, mas agora o vou fazer: o que achas do blogue Mil estrelas no colo?
É um blogue simpático e aplicado.
Ser bloguer não é fácil e manter o espaço interessante, sem se perder na vulgaridade, é um trabalho árduo, que exige imensa dedicação. O “Mil estrelas no colo” tem identidade e isso faz dele um cantinho que vale a pena seguir.

Opinião - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira (Mil Estrelas no Colo)

Opinião - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira (Mil Estrelas no Colo)



Sinopse:
Depois de descobrir que o sobrenatural não representa um medo irracional e que as criaturas caminham lado a lado com os humanos, Carla tem de enfrentar as consequências do seu envolvimento com o Caael. Os demónios já deixaram marcas na vida da Ana e da Raquel e a Carla começa a sentir algumas dificuldades em encontrar-se. Entre lacunas na memória, sentimentos e novas preocupações, surge uma existência virada do avesso com a linha da vida mais ténue do que nunca. Com a ausência do Caael, assomam revelações que levantam um plano ancestral de uma disputa entre iguais. A Carla vê-se num tabuleiro de xadrez, como um rei isolado, com a rainha a jogar contra ela.
A minha opinião:
Depois de “Soberba Escuridão”, a autora Andreia Ferreira brindou-nos com o segundo volume desta trilogia “Soberba Tentação”. Este segundo volume retoma a história que ficou inacabada no primeiro volume e vem mostrar aos leitores uma grande evolução em todos os sentidos.
Em primeiro lugar é logo notório nas primeiras páginas que a escrita da autora evolui e desta feita está muito mais aprimorada e cuidada. Em segundo lugar também notei que houve um maior cuidado na construção e desenvolvimento das personagens o que faz com que o leitor se identifique e se torne um amigo próximo destas.
A minha personagem favorita e já no primeiro livro foi assim é a Ana que a meu ver é a mais forte e a mais inteligente, ao contrário da personagem principal a Carla que já desde o início que não me conquistou por completo e algumas atitudes dela neste segundo livro também deixaram um pouco a desejar.
ADORO o Ricardo (ainda por cima é o nome do meu namorado lol)! A evolução que houve neste segundo livro nesta personagem agradou-me bastante! Gostei de o conhecer mais e espero que as coisas mudem e que ele fique com quem eu quero! lol
Adorei os cenários, e é sem dúvida um dos pontos fortes do livro! As cenas mais chocantes também estão muito bem conseguidas. Foi sem dúvida um livro que me conquistou desde o início logo com um começo muito muito bom!
Sinceramente penso que a malta que gosta de um bom livro de fantasia não se irá arrepender de ler esta trilogia porque está ao nível de sagas que lemos de autores internacionais como por exemplo L. J. Smith.
Um livro muito bem conseguido que me conquistou e que me deixou ansiosa pelo 3º volume!!!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"Uma Linha de Torres" na Livraria Ideal da TVI24

Emílio Miranda, autor de "Uma Linha de Torres", foi o convidado da edição de 4 de agosto da Livraria Ideal.



Neste link poderá visualizar a totalidade da entrevista. O romance histórico e juvenil "Uma Linha de Torres" é abordado a partir do minuto 16:50.

"Soberba Escuridão" na Revista BANG!

Por intermédio do blog "O nosso Mundo Sobrenatural", o livro "Soberba Escuridão" de Andreia Ferreira tem destaque no nº 13 da Revista BANG!:


Entrevista a Célia Correia Loureiro, autora de "Demência" (Os Livros Nossos)

               

   

   

   

   

   

   

   

   

 

 

Entrevista a Elisabete Caldeira e Jorge Campião autores de "Sob o Céu de Paris" (O tempo entre os meus livros)

Entrevista a Elisabete Caldeira e Jorge Campião autores de "Sob o Céu de Paris" (O tempo entre os meus livros)

Ao Domingo com... Elisabete Caldeira e Jorge Campião
"Gosto de começar os domingos com torradas e café com leite pela manhã, o que à primeira vista pode parecer nada ter a ver com o facto de escrever contos e romances. Ontem, Elisabete, falámos desta conversa e sei que a esta hora já tomaste e serviste o pequeno-almoço e estás já a estender roupa ou a passá-la a ferro, convencida de que vou usar o que me escreveste para esta conversa "Ao domingo com…"


Olho para o texto que me enviaste e leio que o teu gosto pela escrita surgiu aos 17 anos e isso já parece ter mais a ver com o facto de termos escrito juntos o "Sob o céu de Paris", mas não me convence.


Disse ontem, na nossa apresentação em Almada, que ninguém escreve livros inteiros, mas apenas metade e que o outro meio é completado pelos leitores, e estes comem torradas nas manhãs de domingo, estendem roupa, passam a ferro e ainda usam da boa vontade e da imaginação para completar as paisagens, a figura das personagens e a intensidade das situações descritas nos livros que leem. Eu sei isso, tu sabes isso e sabem-no todos os leitores do mundo, por isso não há que escondê-lo, não somos diferentes de ninguém, apenas sofremos daquela insuficiência que nos impele a escrever e que permite (desejamos nós) ajudar a colmatar as similares insuficiências de quem necessita de ler, porque a realidade é apenas uma parte das vidas de todos nós, talvez mesmo a mais pequena; a ficção é tudo o resto e tudo o resto é enorme.


Tudo o que a realidade tem de bom é sempre pouco e não nos basta. Por isso, a natureza deu-nos capacidade de imaginar, de fantasiar, de ficcionar, que permite, depois de lavarmos o prato das torradas e a chávena do café com leite, depois de estendermos e passarmos a roupa a ferro, depois de aproveitarmos tudo o que a realidade das nossas vidas tem de bom, ainda nos sentemos e deixemos fluir de nós

paisagens, personagens e conflitos que colocamos em metades de livros que, se a tanto o nosso talento permitir, poderão vir a estimular a fantasia, a imaginação e a consciência de quem nos vier a ler, completando assim o ciclo do livro que escrevermos. Olho de novo para o texto que me enviaste e leio: «Esta história de amor vivida sob o céu de Paris com telas, tintas e cavaletes à mistura foi o resultado de folhear um velho "diário de viagem" ao som de Bach numa tarde nostálgica» e sorrio. Pois é, temos que falar do "Sob o céu de Paris"!


Temos de dizer que no nosso livro mostramos que há pintores com génio e pintores sem génio, mas também pintores com mau génio, como Picasso.
Temos de dizer que acreditamos haver artistas que criam mas também artistas que fazem criar, como a fotógrafa surrealista Dora Maar.
Temos de falar que os prazeres da vida vêm do que sentimos, do que comemos, do que bebemos, do que ouvimos e do que vemos, e que dissemos tudo isso no nosso livro. Temos que acrescentar que os
conflitos fazem parte das pessoas, de nós, dos outros, de entre nós com os outros e que isso também lá está.
Temos de terminar dizendo que escrevemos este livro para que eles (os leitores) o completem lendo e que podem começar a fazê-lo num domingo qualquer…

Elisabete Caldeira 
Jorge Campião

Opinião - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira (Os Livros Nossos)

Opinião - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira (Os Livros Nossos)




Sinopse

Os demónios já deixaram marcas na vida da Ana e da Raquel e a Carla começa a sentir algumas dificuldades em encontrar-se.

Entre lacunas na memória, sentimentos e novas preocupações, surge uma existência virada do avesso com a linha da vida mais ténue do que nunca.

Com a ausência do Caael, assomam revelações que levantam um plano ancestral de uma disputa entre iguais. A Carla vê-se num tabuleiro de xadrez, como um rei isolado, com a rainha a jogar contra ela. Depois de descobrir que o sobrenatural não representa um medo irracional e que as criaturas caminham lado a lado com os humanos, a Carla tem de enfrentar as consequências do seu envolvimento com o Caael.


Crítica/Opinião:
 por:  Isabel Alexandra Almeida/Os Livros Nossos

   "Soberba tentação" é o segundo volume da Trilogia "Soberba", da jovem  autora Andreia Ferreira. Nesta obra acompanhamos a evolução, surpreendente diga-se, do percurso das personagens de Soberba Escuridão, com especial destaque para Carla (a principal Personagem feminina), o seu namorado Caael ( um misterioso e sensual anjo Caído), as melhores amigas de Carla - Ana (agora transformada em Vampira)e a sofredora e ingénua Raquel, assumindo um papel de destaque neste livro Ricardo ( um ser híbrido, Vampiro, humano e demónio), que fica incumbido de zelar pela vida de Carla durante um período de ausência de Caael.

   Todas as personagens evoluem, sendo os humanos envolvidos na luta entre o bem e o mal, e numa guerra inevitável entre seres sobrenaturais, para a qual acabam por ver-se arrastados. Carla vive momentos de paixão, desejo, angústia e culpa que a revelam ainda mais rica em termos psicológicos do que no primeiro livro da trilogia, sendo marcada pelo conflito permanente entre a sua existência antes de se ver envolvida no mundo sobrenatural (que julgara apenas existir nos livros do género fantástico de que era ávida leitora)e os perigos e novas emoções que agora experiencia com a sua ligação ao sobrenatural.

   Mais uma vez, o enredo mostra-se engenhoso, original (sem se colar a estereótipos de obras já existentes)e a narrativa surge perante os olhos do leitor num ritmo bastante rápido, criando um permanente suspense, e a vontade de acompanhar os ulteriores desenvolvimentos, criando-nos dúvidas sobre as reais intenções e sentimentos de algumas personagens, ao ponto de nos identificar-mos com Carla (surgindo uma ainda maior empatia com esta personagem, com a qual partilhamos as incertezas e desconfianças oscilantes com os seres sobrenaturais com que convive e que vê afectarem o seu núcleo de amigos mais próximo, começando já a recear pela segurança da sua família).

   A acção narrada surge pautada por várias reviravoltas, que conseguem surpreender o leitor, ou seja, é impossível prever o que se seguirá, e este tipo de narrativa é o que distingue os escritores comuns daqueles que se mostram já acima da mediania.
   Quanto ao estilo de linguagem utilizado, também se revela evidente uma evolução positiva da mesma, no sentido de um amadurecimento da escritora (enquanto tal) que acaba por ficar patente no modo como são construídas as frases (de modo mais elaborado). Os diálogos surgem ainda mais contextualizados com descrições que permitem complementar os estados de alma das personagens, construindo-se a desejada tensão permanente que se pretende evidenciar.

   Ainda a merecer destaque, o crescendo de sensualidade que se vai notando ao longo do livro, e a forma por vezes até poética como a autora a coloca, considerando-se por exemplo, alguns dos momentos de intimidade entre Carla e Caael, e o modo como são descritos - " (...) Perdi toda a consciência do tempo, do espaço, da física, da ordem como o mundo corria.(...)Totalmente na posse dele. Não havia como contestar o quanto eu me deixara entregar, o quanto ele me envolvia a alma e o corpo."

    Se é certo que há momentos de verdadeira prosa poética, também não são esquecidos os momentos de verdadeiro terror, tão do agrado de qualquer amante do género fantástico, aqui a autora arriscou, na crueza de algumas descrições, mas foi muitíssimo bem sucedida - " Os gritos dele ecoaram no cemitério, o vento levou-os para as aldeias."

   As expectativas não só não saem goradas, ao ler este livro, como são ultrapassadas, está de parabéns Andreia Ferreira por ter conseguido pegar na sua história inicial, desenvolve-la a bom ritmo (não há momentos parados no livro), manter constantes os níveis de interesse do leitor, e surpreendendo-o pela positiva.

   Pensamos que não seria descabida uma internacionalização desta obra! Parabéns Andreia Ferreira, e que venha o terceiro volume!

Opinião - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira (Tertúlias à Lareira)


 


Opinião - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira (Tertúlias à Lareira)

"As campas não passavam de pedras enterradas no solo esquecido. Silvas e trepadeiras parasitas enrolavam-se no granito dando a sensação de posse, como se dissessem que agora aqueles mortos pertenciam à penumbra, já que a luz que move os humanos os esqueceu."


" Se me dissesses, Carla, que te tinhas apaixonado por um gay , eu sentiria pena por um amor que não te seria retribuido. (...) Tenho medo Carla, muito medo por ti, pela Ana, por nós que te rodeamos, que te amamos. Essas coisas não deciam existir. (...) Chama-me hipócrita, mas eu finjo ainda que nada mudou e o mundo não é povoado pelas criaturas que idolatras."


Quem leu a minha opinião sobre o "Soberba Escuridão", primeiro livro desta Trilogia, sabe que gostei do livro. Pois bem, gostei, ainda mais, deste.

Há uma visivel evolução neste segundo livro, tanto no enredo, como nas personagens e na própria escrita da autora. Prendeu-me de imediato com uma escrita fluida, completa e descritiva. Uma leitura fácil, mas não simples (faço-me entender?).

Gostei bastante do facto de que, neste, o enfase deixa de estar na personagem de Caeel, e de Carla, e se foca bastante em personagens como Ricardo e Ana (em especial o primeiro). Ficamos a conhecer melhor este "homem" que tem uma importancia bastante relevante na vida de Carla, neste livro. É aqui que se dá uma reviravolta que me entusiasmou e agradou, e que acima de tudo, me fez pensar sobre tudo o que pensei no primeiro livro. Intrigante? Sim:)

Há um crescimento nas relações entre as personagens, e lemos sobre novos seres, o que completa em muito o enredo que já vinha desde o "Soberba Escuridão", preenchendo algumas "lacunas" na nossa compreensão.

Tal como a própria autora referiu, na entrevista que nos deu recentemente, ela não escreveu uma historinha de amor, e neste livro isso começa a estar bastante patente. Apesar da atracção continuar a envolver as nossas personagens.

Estou bastante curiosa, expectante e ansiosa para poder ler o último livro e saber qual o desfecho que a Andreia dará a todos eles e como será o final. Afinal, de que lado estará o mal? Serão todas as criaturas obscuras, criaturas do mal? Ou aqueles que mais julgamos amar, são aqueles que mais mal nos podem fazer?

Uma leitura viciante, que me fez não largar o livro até à ultima página. Mais uma grande aposta da Alfarroba Editora. Aconselho muito a que leiam os dois livros, acho que não se arrependerão.