quarta-feira, 25 de julho de 2012

Entrevista e opinião à autora Célia Correia Loureiro - "Mil Estrelas no Colo"

Entrevista a Célia Correia Loureiro – Autora do livro «Demência»


Célia Loureiro é de Almada e nasceu em 1989. É licenciada em Informação Turística, mas garante que a sua vocação e a escrita e eu apoio esta vocação porque é simplesmente maravilhosa!
Muitos Parabéns pelo livro! Li-o e adorei! Fiquei completamente fascinada, não o conseguia parar de ler e quando o fazia passava o dia todo a pensar nele. Espero que gostem como eu gostei.
Agora vamos as perguntas:
1 – Fala um pouco sobre ti.
Bem… o que pode ser importante acerca de mim? Provavelmente os cinco irmãos, as influências da avó, as aldeias da minha infância (para férias, porque sempre vivi em Almada), a minha curiosidade de gato que me fez pôr o ouvido à escuta a cada vez que alguém narrava eventos da vida. Talvez também o meu amor pela História e a minha Licenciatura em Informação Turística, que me permitiu aperfeiçoar isso e conhecer melhor a cultura portuguesa e o seu património. Gosto de viajar e, geralmente, é isso que me inspira, mais do que qualquer outra coisa. Como aparte gostava de dizer que gostava de ter vivido noutra época…
2 – Quais as tuas influências?
Não tenho nenhumas, o que pode soar duvidoso, mas é verdade. Nunca dei por mim a sentir nenhum outro criador a tocar-me na hora de criar a minha obra… não sei se é bom se é mau, mas é a verdade. Acho que é essencial sermos um quadro limpo de influências para podermos criar algo de raiz, a que possamos chamar “nosso”.
3 – Quando soube que queria ser escritora e como foi o seu início na escrita?
Comecei por escrever contos e pequenas “histórias” assim que pude desenhar e escrever. Em 2007 escrevi o meu primeiro “romance” à séria, com muitas personagens (e páginas!) e um enredo complexo. Daí à publicação passaram quatro anos… quanto à recepção da obra, cumpri o meu objectivo: tenho tido bons feedbacks mas, melhor do que isso, houve muita gente que se sentiu pessoalmente tocada por esta história e que expiou parte dos seus males ao lê-la. É essa realização que tirei deste meu “início” na escrita como autora publicada…
Na realidade eu não “quero ser escritora”, como é que hei-de explicar? Vejo a escrita como um hobby. Adorava ter mais tempo para escrever, mas era incapaz de largar tudo agora e dedicar-me a isso – ainda que fosse possível financeiramente. Tenho que viver muito para ter bagagem suficiente – escrever baseia-se nisso, em vivências. Se fosse escritora faria o quê? Ficaria sentada a escrever e a olhar pela janela em busca de ideias? Tenho é esperança que, quando chegar à reforma, me possa isolar e, aí sim, pôr em ordem as minhas lições de vida com obras que só nessa altura farão sentido.
4 – Por favor, fala-nos sobre o teu livro. Como surgiu a ideia inicial? 
Não sei dizer ao certo… mas acho que o tema me indignou, carregava-o na cabeça constantemente e pareceu-me um flagelo tão grande quanto o absurdo da guerra. Sim, comparei isso a uma guerra por vezes silenciosa, travada entre paredes entre inimigos desiguiais. Indigna-me muito a ideia de que alguém ultrapasse tantos limites de respeito e civilidade e se imponha, através da violência, a outra pessoa. Sempre me disseram que morria se tivesse vivido noutra época, por causa da minha língua afiada. Mas o mais provável, nesta ou noutra época, era que me tivesse defendido fosse como fosse. Quis pegar nisso, numa mulher que vencesse a força doutrem como pudesse, é o que a Letícia faz. Agora… se é compreensível? Se é aceitável? Há demasiadas coisas a entrarem em rota de colisão com este género de “subversão”, de rebelia… Religião, tradição, são coisas enraizadas e invioláveis… Quis que ela fosse julgada nesse tribunal. Mas é um tema actual, não? Há mulheres a viver esta realidade hoje em dia. Há mulheres com sentenças semelhantes…
5 – Tens alguma personagem favorita no livro?
Eu costumava dizer que a minha personagem favorita era o Sebastião, porque ele funciona como a consciência da Letícia e da Olímpia. Mas se calhar ele personifica qualquer velhinho com paciência e bom coração, e dei-me conta de que o Gabriel é a minha personagem favorita, agora que perguntas. É ele que sofre o maior desenvolvimento ao longo do romance e é ele a personagem mais complexa. Ele passa por tantas fases … tímido, confuso, frustrado, conformado, esperançoso, incrédulo, acusador, distante, irónico, arrependido, reflexivo, apaixonado, decidido, tanta coisa, não é? A história toda parece passar-se dentro da cabeça dele, com todos os seus altos e baixos. E no fundo as contas acabam por ser feitas é com ele, não é?
6 – Tiveste dificuldade em escreve-lo ou foi natural?
Dificuldade não tive, porque a partir do momento em que assentei a primeira palavra no documento e pensei que sabia aonde ia, descobri que a história ia ter livre arbítrio… mas ela fluiu. Foi lógico o modo como tudo se conjugou – eu tinha uma ideia muito mais simples, a) b) c), mas estas personagens obrigaram-me aos a) 1 e aos a) 2 e etc. Deram profundidade ao romance, conferiram-lhe humanidade. Quando o reli, meses depois do lançamento, achei-o muito humano, muito pés-no-chão. Por isso só tive de pôr de parte a questão de se tratar de ficção, enquanto o escrevia, e seguir os meus instintos. Ele escreveu-se por si.

«Demência» – Célia Correia Loureiro [Opinião]


Acompanho as novidades da Alfarroba com alguma frequência já que tenho parceria com a editora e também porque gosto e aprovo o trabalho que tem sido feito pela mesma, na publicação de jovens autores portugueses. Cada vez mais é necessário apostar no que é nosso, porque o que é nosso é bom, aliás é muito bom.
Contudo, este não foi dos que me chamaram a atenção, não sei porquê. Não sei se pelo tema que não me chamou a atenção ou simplesmente porque não lhe prestei muita atenção. Entretanto várias pessoas foram lendo o livro e publicando opiniões realmente positivas. Aí fiquei na dúvida e pensei que tinha de lhe dar uma oportunidade. Passou algum tempo e por coincidência acabei por conhecer através do blogue a própria escritora do livro. Conversamos e acabei por adquirir o livro através da mesma. Logo que chegou não demorei muitos dias para o começar a ler.
Estava tão receosa! Tinha tanto medo de não gostar… e depois? Não queria partir o coração a ninguém que se tinha dedicado com tanto empenho no nascimento de um sonho seu.
Se eu disser que fiquei completamente rendida logo nas primeiras páginas vocês acreditam em mim? Eu mal podia acreditar que estava a ler aquela história. Não foi apenas coisas dispersas que me conquistaram, mas sim o seu todo. A aldeia, as personagens, o tema, a escrita…a escrita Meu Deus!! Porque raio esperei tanto por ler este livro? Só uma palavra para descrever o meu sentimento: AMEI!!
Identifiquei-me tanto com o livro no geral… Célia Loureiro soube sem dúvida construir uma história com sentido, sem cair no exagero da emoção. Este tema podia muito bem ter sido mais um cliché! Mas isso não aconteceu… e os temas que aborda não são nada fáceis e são temas recorrentes em todo o mundo, todos os dias infelizmente. A violência doméstica, o Alzheimer e a discriminação que se vive em pequenas localidades.
Depois claro, o romance romântico do livro foi outro ponto que me cativou imenso. Achei que a relação foi bem construída apesar de uma vez eu ter sentido que houve um salto muito grande de uma atitude para outra. Alguns capítulos mais longos também não me agradaram, mas isso é uma característica minha como leitora e não defeito do livro. Mas penso que pormenores como estes são apenas por ser o primeiro livro da autora que é publicado. Uma autora tão nova que mostrou uma profundidade de emoções que realmente me surpreendeu. Se eu não a conhecesse associaria sem dúvida o livro a uma pessoa mais velha.
Fiquei completamente fascinada com esta história! Simplesmente não conseguia parar de ler! E quando o fazia, ficava o dia todo a pensar na história, nas personagens, no que iria suceder. Apaixonei-me por completo por este livro e posso afirmar sem sombra de dúvida que está no topo dos melhores livros que li este ano!

À Lareira Com... Andreia Ferreira (sobre o "Soberba Tentação")

À Lareira Com... Andreia Ferreira (sobre o "Soberba Tentação")


Vocês devem-se estar a perguntar porquê uma entrevista com a Andreia Ferreira outra vez. Pois é, esta autora publicou recentemente o seu segundo livro "Soberba Tentação" (o qual já li e vou publicar opinião brevemente), e na conversa de hoje, falamos sobre a continuação da saga.



Quando soubeste que o “Soberba Escuridão” iria ter uma sequela?

O “Soberba Escuridão” passou a sequela mais ou menos a meio, quando surgiu o demónio Odete. Isto porque o horror criado não era suficiente para a entidade originalmente pensada, não era suficiente. Até aí o vilão era outro, transportado, assim, mais para a frente na história.
Depois, terminado o “Soberba Escuridão”, centrei-me na ideia da Succubus – o demónio da luxúria, da tentação – e resolvi criar um terceiro demónio, que viria a anteceder o original. Irão conhecer a Rita, a demónio do segundo livro, no prólogo. Já a original, deixei-a para o fim, apesar de ela ser mencionada no “Soberba Tentação”.
Temos um crescimento gradual, ao longo dos três livros, no que toca aos vilões. 

Porquê “Soberba Tentação” para este segundo volume?
O título foi imediato. Após idealizar a Rita, não haveria nome mais adequado para nomear este segundo volume.
No entanto, as personagens atravessam situações onde escolhas terão de ser feitas. Tanto a protagonista, a Carla, como a Ana, a Raquel, o Ricardo e até mesmo o Miguel, sentirão na pele a força do chamamento primitivo. Resta a questão: quem vencerá neste duelo, a razão ou a tentação?

Onde te inspiras para continuar o enredo que envolve Carla e todos os outros personagens?
Na vida. Não há nada mais inspirador do que o quotidiano.
Li recentemente um artigo no blogue de Terence Blacker que diz que os autores “são espiões na casa daqueles que amam”. Mas eu ainda penso que vamos mais longe do que isso, quem escreve acaba por absorver os comportamentos alheios de tudo e todos que o rodeia. Eventualmente esses comportamentos irão criar forma dentro das histórias ficcionadas.
As minhas personagens não são pessoas reais, mas sim fragmentos daquilo que conheço. Normalmente hiperbolizando, sobretudo, os defeitos.

Depois das críticas feitas ao teu primeiro livro, estás empolgada com a publicação deste teu segundo “filho”?
A receção do “Soberba Escuridão” foi uma surpresa para mim.
Conheço as dificuldades que os jovens autores têm de se fazer ouvir, principalmente em Portugal onde a literatura ainda é muito lineada pelos clássicos e pelos grandes nomes da história portuguesa. A temática também não é famosa entre os especialistas, que subjugam o fantástico ao público adolescente. Não há erro maior do que esse. A fantasia é escrita pelo mundo fora por grandes nomes, cada vez mais sonantes, e dirigido a um público adulto e capaz de lidar com temas que requerem alguma reflexão.
Já na fantasia urbana: “o que é estrangeiro é que é bom.”
Felizmente, essa tendência está a mudar. O meu “Soberba” foi bem recebido e a prova disso é a divergência de opiniões que o envolve. E, dentro do que assisto com tantas obras caídas no esquecimento, sinto-me feliz por ver que, após um ano, ainda se discute, se fala e se procura o livro.
Como dizem os americanos: “Baby steps”.
O “Soberba Tentação” tem a responsabilidade acrescida, porque já se criaram expetativas em torno da vida da Carla; já há personagens queridas e personagens odiadas. Aqui recai o meu entusiasmo, surpreender, trocar as voltas aos leitores, manter o interesse pela narrativa vivo; assim como gosto que me façam a mim. 

Fala-nos um pouco sobre ele. O que nos podes dizer sobre este livro?
Este volume tem mais ação. As personagens secundárias ganham maior importância e, consequentemente, a Carla perde um pouco o protagonismo.
Iremos conhecer mais da Ana – personagem que suscitou mais curiosidade -, Ricardo e Raquel. Esta última tem um papel quase paralelo do enredo principal, com grande destaque.
O psicológico adensa-se e as perguntas, que surgiram no primeiro, começam a ser respondidas, levantando outras para o desfecho.
Tendo por base as opiniões, prevejo que muita gente irá ficar surpresa com o seguimento que a história tomou, que já tinha sido pensada dessa forma inicialmente.

A capa do “Soberba Escuridão” é preta, e este é mais claro, em tons de branco. Como surgem as ideias para as capas?
As capas acompanham a palavra-chave. Esta poderia ser vermelha, para se ligar à palavra “tentação”, mas ficava demasiado agressivo e delimitava muito a exposição da mensagem com imagens. O branco permitiu jogar mais com o tema.
Resta-vos adivinhar que cor acompanhará o terceiro livro. 
;)

Haverá um terceiro livro, “Soberba Ilusão”. Já está a ser escrito?
O “Soberba Ilusão” tem esqueleto montado, final pensado (até epílogo esquematizado!), mas ainda só tem uma página escrita.
Prevejo que este será o mais trabalhoso dos três e, consequentemente, o que me irá roubar mais tempo e alma para o construir. Preciso encontrar espaço para me dedicar a ele.
Durante o próximo ano, ele erguer-se-á.

Será então o último livro da Trilogia Soberba. Já sabes que final irás dar aos personagens que durante todo este tempo te acompanharam?
Sim, em geral o final está decidido. Tenho algumas dúvidas em relação à Ana, mas, decerto, perto da fase final, o clique irá surgir e um dos dois (finais para a personagem) irá vingar. 

O que gostarias de dizer aos nossos leitores para que os deixasses ainda mais curiosos para este livro?
Para quem leu o “Soberba Escuridão”, preparem-se para terem as voltas trocadas. Havia muitas entrelinhas para captar e poucos foram os que o fizeram.
Uma dica? Eu não escrevi uma história de amor.
Para quem não leu, arrisquem!

Frases misturadas

Em alguns passatempos que desenvolvemos com parceiros nossos, há frases que têm de ser construídas. Hoje partilhamos convosco dois exemplos, que foram coordenados pelo blogue Os Livros Nossos:

Passatempo «Demência»/Dia da Mãe:



Ana Sofia dos Santos Moreira Dias
um passatempo vou concorrer,
para a minha mãe um livro poder receber,
pois a alforroba e os livros nossos,
vão-nos oferecer!

 
 
      Teresa Maria Valente de Carvalho
Com a Alfarroba e Livros Nossos
Nossa paixão vamos alimentar
Mãe prepara os teus ossos
Pois muitas páginas vais virar 

      Ana Margarida Rosa Rodrigues
Neste grande 6 de Maio, Dia da Mãe
Quero apenas abraçar,
O melhor que o mundo tem,
Aquela que sempre me vai amar.
É a minha mãe querida, 
Uma grande e forte mulher,
Aquela que me trouxe à vida,
Igual a quem tento ser.
Mas para melhor festejar,
Um livrinho quero ganhar,
Alfarroba e Livros Nossos tenho sempre,
Para me ajudar a ganhar este presente.

      Angelina Rosa Nogueira Santos Violante
Com a ajuda da Alfarroba e dos Livros nossos podemos fazer uma nova surpresa à nossa mãe até porque o dia da mãe é quando uma mulher quiser.

       Mónica Rosa Gomes da Silva
Em Maio nasci
e desde então senti
que o maior amor de todos
é o teu mãe!
O meu coração parece teu
sorris com as minhas alegrias
choras com as minhas tristezas
o mundo gira, rebola e tu continuas aí
Sempre…para mim.
Assim para te agradecer
vou no passatempo do livros nossos participar
um livro da alfarroba arrecadar
para te presentear

Dizem que o amor de um filho
não é tão incondicional
Talvez… não sei.
Mas uma coisa sei…
Amo-te a ti como nunca amei ninguém.

      Sandra Clarisse de Sousa
Mãe és o meu amor, a pessoa que me deu a vida, ensinaste-me a amar os livros, os livros nossos que já estão gastos de tantos viajarmos com eles. Mãe és a minha vida, és a minha alfarroba que me adoça todos os dias! 

      Paula Cristina Monteiro Soares
O prazer da leitura dela herdei,
Todas as noites uma história me contava,
Este amor pelos livros nunca esquecerei,
À minha mãezinha não peço mais nada! 
E com grande alegria,
No final do dia gostaria de lhe anunciar:
Mãe, com a Alfarroba e com o blogue Os Livros Nossos,
Um livrinho acabei de ganhar!

      Gabriela Dias Camacho Conde
De Livros Nossos sou fã
Da Alfarroba Edições também
De noite, de tarde ou logo de manhã
Inspiração para qualquer Mãe
  
      Maria da Graça Correia Águas
livros nossos, são emoção,
Alfarroba que o diga,
é como o carinho de mãe,
que se perlonga por toda a vida!!


Passatempo «Um Tesouro Maior»:




 Maria Graça Correia Águas
É um tesouro ter um livro,
Ler é a sua melhor obra,
Em tantas histórias que li,
As melhores são da Alfarroba.

      Angelina Rosa Nogueira Santos Violante
Cada livro que a Alfarroba publica é como um tesouro.

 Maria Isabel Caldeira
Cada livro que leio é mais um tesouro descoberto! 
À Alfarroba peço este livro de coração aberto. 

Vanessa Isabel Pereira Rodrigues
Poderão existir muitos livros que despertam o nosso olhar, mas certamente só aquele que nos desperta um grande mistério que nem um tesouro escondido é que nos faz aventurar-mo-nos na sua leitura, e para isso nada melhor que um livro da Alfarroba.

Andreia Isabel Moreira Rodrigues
Um grande tesouro, é aquele que foi deixado preservado há milhões de anos, da utilização de alfarroba e que hoje conhecemos muito bem pelo nome de múmias - esse grande legado arqueológico que hoje habita em muitos museus e até no interior de um simples livro habitando assim o nosso imaginário.

Ana Maria Ferreira Capitão
O livro o meu maior tesouro, alfarroba a minha mina preciosa.

Ana Rita Fernandes Domingos
Num mundo exponencialmente tecnológico e informatizado, o que é um livro senão o mais grandioso tesouro oferecido pela Alfarroba Edições aos seus fiéis leitores?

 Ana Margarida Rosa Rodrigues
Neste mundo de tristezas, onde existem tantas fraquezas, 
Um livro é um tesouro, para um sonho duradouro, sonho esse que ninguém rouba e quem mo dá é a alfarroba.

Raquel Sofia Lima Martins
um tesouro é uma escrita,
ler um livro a desmistifica,
historias até ha de sobra,
mas eu quero as da alfarroba!

Vanda Encarnação Cristóvão
Na Alfarroba descobri "Um Tesouro Maior" e anseio resgatá-lo porque um bom livro é como um bom amigo que se quer ter por perto.

Mónica Rosa Gomes da Silva
O livro é um tesouro gravado em papel e um sonho que se abre nas janelas da alfarroba.

Arnaldo António Teixeira de Oliveira Santos
O livro é um tesouro/a Alfarroba é a maior/editora que vale ouro/pela Cultura em Portugal ser melhor.

terça-feira, 17 de julho de 2012

À Lareira Com... Eva Barros, autora do livro "Patrulha Azul"



À Lareira Com... Eva Barros, autora do livro "Patrulha Azul"

Fale-nos um pouco sobre si
Falar sobre mim? Nunca foi fácil falar sobre nós mesmo. O que posso dizer é que sou uma pessoa simples persistente e sonhadora. 

Começou o seu percurso como escritora desde cedo, com diários e cadernos de confidencias. Quando surgiu este gosto pela escrita?
Sempre gostei de ler e de escrever. Gosto de criar e viajar em universos mágicos meus ou propostos por outros autores. Gosto de me transcender e escrever sobre essas experiências.

Escreve peças infantis,  que encena com a sua companhia de teatro – os Inadaptados. Pode-nos contar um pouco sobre como surgiu esta oportunidade?
Comecei a escrever peças infantis por dar aulas de expressão dramática a crianças. Pequenos diálogos para exercícios nas aulas, deram lugar a peças para a apresentações finais. Em 2011, os Inadaptados, um colectivo artístico do qual faço parte, nasceu e com ele o espectáculo da minha autoria “Melhor não é, mas é mais seguro”, seguido do espectáculo musical infantil “Booky e a Barca dos Sonhos”. É um dos nossos objectivos trabalhar textos inéditos, o que me dá alguma liberdade para escrever textos para pormos em cena.

Como é trabalhar os seus textos com as crianças do grupo de teatro infantil Vizelarte?
É sempre uma grande partilha e aprendizagem porque o espectáculo passa de meu a nosso. Surgem constantemente propostas deles em relação à direcção dos personagens e por vezes da história. A genuinidade e urgência das crianças é deliciosa e ajuda em muito na criação de ficções fantásticas.

Como surgiu a ideia para este livro “Patrulha Azul”?
A Patrulha Azul surge numa tarde de limpezas quando a minha melhor amiga partilhou comigo que tinha sonhado que o mundo seria todo a preto e branco e não tinha cor porque alguém tinha decidido assim. Desde então, essa história ficou-me no ouvido e numa viagem de autocarro comecei a escrever a Patrulha Azul 

É desafiante escrever para os mais pequenos?
Sim. Pensamos que os adultos são os mais exigentes mas não é bem assim. As crianças são muito mais exigentes que os adultos. Não gostam de se sentir subvalorizadas, gostam de ser tratadas directamente e gostam de ser desafiadas. Ou gostam ou não gostam, não fazem favor de gostar e de dizê-lo. Por gostar imenso de crianças, trabalhar com elas e para elas é uma enorme satisfação.

A sua formação em Marketing influencia de alguma forma a sua escrita?
Não sei… talvez. Talvez a procura de necessidades e temas que possam ter interesse para as crianças e que de certa forma os contamine com a história tenha uma pitada da minha formação base.

Tem algum projecto literário em mãos? Pode falar-nos um pouco sobre ele?
Sim, neste momento tenho em mãos um projecto infantil e outro para adultos. Ainda não posso revelar muito sobre eles pois ainda estão em processo de maturação, mas posso dizer que vêm aí surpresas! Aventura e mistério para os mais novos e emoções fortes para os mais velhos.

Para terminar, deixe uma mensagem aos nossos leitoresJ
Para todos os vossos leitores, obrigada por seguirem o meu trabalho. Espero poder continuar a colorir o vosso imaginário de azul e de muitas outras cores. Ler é estar vivo.

Obrigada Eva Barros

À Lareira Com... Elisabete Caldeira e Jorge Campião, autores do livro "Sob o céu de Paris"



À Lareira Com... Elisabete Caldeira e Jorge Campião, autores do livro "Sob o céu de Paris"



Falem-nos um pouco sobre vós.
Jorge Campião: Não há muito a dizer sobre mim, sou do género de pessoa que se pode perder no caminho de casa para o supermercado, não sei onde fica o sul nem o norte e não me lembro dos nomes de muita gente; de qualquer modo, consigo fazer as minhas compras, gosto de viajar e há pessoas que nunca esquecerei.

Elisabete Caldeira: Sou romântica e eternamente sonhadora. Gosto de viajar e de organizar as minhas viagens, escrevendo sobre elas e acumulando os mais variados e extravagantes artefactos e objetos que delas trago de recordação, desde que, por alguma razão, sejam testemunhos de um sentimento especialmente agradável, de um prazer de viver. Esta faceta acabou por nos dar muito jeito enquanto escrevíamos “Sob o céu de Paris”.

Como surgiu a ideia de trabalharem juntos na escrita?
Jorge Campião: Há alguns anos deitei um romance inteiro para o lixo e ainda não me arrependi de o ter feito. Entretanto amadureci o suficiente para perceber que pretendo escrever melhor do que alguma vez o conseguiria sozinho, por isso, quando a Elisabete me propôs uma “sociedade”, não hesitei. Foi natural.  

Elisabete Caldeira:
Quando conheci o Jorge, ele estava, ou pelo menos a tentar, escrever uma novela há mais de 10 anos e já tinha escrito um livro de contos há mais de 20. Li os contos, que me fascinaram bastante e, embora lho tivesse dito, ele não acreditou. Pedi-lhe para ler os textos da tal novela que ele não estava a conseguir finalizar e propus-me ajudá-lo no que fosse necessário. Quando comecei a lê-los percebi que o Jorge estava realmente há muito tempo sem escrever. Havia pormenores na história que já não existiam na atualidade e outros que estavam muito desatualizados. Li-os, reli-os, conversámos sobre o assunto e ficou-me a estranha sensação de que aquele nosso trabalho não iria ter resultados positivos. Pensei que ele estaria a necessitar de um empurrão e pedi-lhe que esquecesse aquela novela desatualizada e que escrevêssemos juntos uma coisa nova, de raiz, onde começássemos os dois. Ele aceitou de imediato.

Inicialmente, Elisabete tinha já um projecto delineado. Como surgiu a ideia inicial para esse projecto?
Elisabete Caldeira:
Fiz algumas viagens para as quais levava um diário onde ia escrevendo o que ouvia, o que via e o que sentia. Mais tarde, já em casa, transcrevia esses relatos para um caderno e juntava-lhes um ou outro pormenor que os enriquecesse. Juntamente com os relatos ia colando as fotografias da viagem e os mais variados objetos que tanto podiam ser o bilhete do avião como um guardanapo do café ou até uma pulseira exótica. Transformar aqueles relatos num livro com ilustrações e sensações era como que perpetuar a viagem. Chamava-lhes “Os diários das minhas viagens”, mas na realidade foram o grande impulso para este projeto. Esta história de amor vivida sob o céu de Paris com telas, tintas e cavaletes à mistura foi o resultado de sentar-me no baloiço do alpendre da minha casa, numa tarde nostálgica e ao som de Bach a folhear um desses velhos “diários de viagem”.

Como é escrever um livro “a dois”?
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
Pensamos que não tem de ser tão complicado quanto à primeira vista e à maioria das pessoas que nos rodeiam parece. Partilhar ideias, discuti-las, transformá-las, acrescentá-las, reduzi-las e entrecruzá-las com outras ideias de modo a criar um personagem, uma situação ou um encadeamento é por si mesmo um exercício complexo mas muito estimulante, e esse estímulo acaba por se refletir no modo como se trabalha durante a evolução do texto, tornando os momentos de maior esforço mais suaves e os de satisfação mais intensos. Claro que tem de haver empatia entre as duas pessoas que escrevem e muitas vezes isso não basta, é necessário bom senso para ultrapassar as inúmeras divergências que surgem durante um empreendimento tão longo, e de algum modo íntimo, como é o de escrever um romance de ficção.   

Falem-nos um pouco sobre o livro “Sob o Céu de Paris”.
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
Pode dizer-se, entre outras coisas, que na leitura deste livro se percorrem duas correntes paralelas que se entrecruzam algumas vezes: o próprio enredo e Paris. O conflito vivido pela personagem principal, parecendo específico, é universal à vida de todos nós. As relações humanas não são um “negócio” em que toda a gente sai sempre a ganhar; há desequilíbrios, por vezes com resultados muito compensadores para uns, outras vezes com resultados ruinosos para outros. E como o sentido da nossa vida quase que se resume ao relacionamento que temos uns com os outros, os medos são justificáveis e as lutas necessárias, sobretudo as que travamos com nós mesmos. O resto… bom, o resto é Paris.

Porquê Paris?
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
Se a leitura de um livro permite de algum modo uma aventura, uma viagem, escrever um livro também o permite, e se tínhamos que viajar, se tínhamos que construir uma aventura num meio artístico, então, porque não nos dispormos em Paris, a capital dos grandes impressionistas? 

Têm algum projeto literário em mãos de momento? Se sim, podem falar-nos sobre ele?
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
Temos. E poderá vir a ter um nome parecido com o “Sob o céu de Paris”, embora não faça qualquer paralelismo com este, quer no enredo quer na estrutura. O nosso novo texto desenrola-se sobretudo em Portugal, mais precisamente em Estremoz, e apresenta quatro personagens principais, um deles de etnia cigana e outro mestiço. Tem, como não podia deixar de ser, um pouco de romance e alguma referência à política e à corrupção dentro e fora das nossas fronteiras. Talvez seja um policial sem polícias, numa paisagem alentejana que vai desde a cidade aos montes isolados, às casas velhas e ao cheiro a mato seco, tisnado pelo sol.

Como foi a sensação de terem, pela primeira vez, o vosso projecto finalizado e o primeiro exemplar nas vossas mãos?
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
Não deixa de ser curioso conseguir-se segurar nas mãos o resultado de dois anos de trabalho, de discussões, de pesquisas, de descobertas, de perseverança e sono adiado. Curioso, mas também estranho, porque ao pegarmos no livro pela primeira vez apercebemo-nos de que toda essa parte fica em segredo, não é impressa, não vai ser partilhada. Restou-nos o livro físico, com a estética e qualidade da Alfarroba que muito nos agradou e, claro está, as cores, os traços do quadro a óleo da pintora Maria da Fé, que depois de ler um pequeno trecho do livro (nessa altura ainda não terminado), soube captar a essência do momento descrito que lhe dá capa. Obrigado Fé.     

Como tem sido lidar com as críticas dos leitores?
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
É verdade que quase gostaríamos de ter já ouvido alguém que não tivesse gostado… muito, para começar a aceitar as críticas, enquanto for unânime não acreditamos.

Para terminar, deixem por favor uma mensagem para os nossos leitores.
Jorge Campião e Elisabete Caldeira:
Todos os livros de ficção são uma ponte entre a imaginação dos autores e, necessariamente, a imaginação dos leitores. A ficção é um dom comum a todos os seres humanos e é uma das principais chaves da comunicação, por isso publicar não nos basta; queremos comunicar com quem nos ler. Nos nossos livros, sempre que possível, teremos uma impressão de qualidade e uma capa esteticamente perfeita, mas (garantidamente) só depois de imprimirmos no texto as ideias, personagens, conflitos e paisagens que acreditamos conseguirem estimular o pensamento e a imaginação de quem estiver disposto a ler-nos, porque isso é comunicar.

Obrigada Elisabete e Jorge :D

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pausa

Este é o período no qual as luzes se apagam e nas estantes os livros são arrumados.


Alfarroba Edições está na fase de preparação dos livros a serem lançados a partir de setembro - a escolher ilustrações, marcar eventos, fazer revisões e a acompanhar o balanço do último ano.


Durante o próximo mês continuaremos aqui, deste lado, e esperem por novas leituras e novidades muito em breve.


Porque a cada virar de página a história está a ser contada...




segunda-feira, 9 de julho de 2012

A continuação de um livro soberbo

Nós somos suspeitos, é claro, mas não podemos deixar de mostrar o nosso contentamento porque o II volume da Trilogia Soberba - "Soberba Tentação" de Andreia Ferreira - ter sido apresentado no passado sábado em Braga.

A Alfarroba agradece a todos os que nos têm ajudado na divulgação deste projeto e a todos os leitores da nossa autora Andreia Ferreira.






Os nossos parabéns no palácio das Galveias

No dia 5 de julho juntámo-nos à festa na comemoração de mais um aniversário do palácio das Galveias, em Lisboa.
A história do livro "Patrulha Azul" de Eva Barros e Guilherme Gonçalves foi contada a um grupo de crianças do 4.º ano e contou com a presença da autora do livro.