terça-feira, 1 de outubro de 2013

Três anos depois...

Três anos depois continuamos rodeados de livros. É bom. Tem sido bom.
No dia 28 de setembro juntámos amigos, autores e parceiros e soprámos as velas aquando do lançamento do livro «Amores Contados».
Vamos continuar por cá, deste lado, a fazer livros, a construir um mundo de imaginação para todos os que nos quiserem ler.
Para o ano há mais.









1 comentário:

Anónimo disse...

A quem interessar, a minha crítica ao livro “Amores Contados”, o qual considero uma excelente iniciativa da Editora Alfarroba. Posto isto, aqui vai:
- Conto “Uma questão matemática” de Ana Ferreira – Embora seja minha opinião que a autora domina razoavelmente o idioma, o tema não passa de “soft-porno” ou de “porno-para-donas-de-casa” de pacotilha. Portanto, razão número um para vir a ter sucesso. Se uma música em que a intérprete tem um vídeo clip a lamber um martelo entra para os top’s de vendas, um conto em que se lê “… meto-me de joelhos na cama e deixo que ele me tome por trás…” (pág. 12), tem todos os ingredientes para também ter sucesso (boa malha o “meto-me” em vez de “ponho-me” ou “coloco-me”…)
- Conto “As fotografias falam baixinho”, de Cristina Milho – Sem grandes comentários. Ao mais puro estilo Margarida Rebelo Pinto ou Nicholas Sparks. Romancezinho fraquito a transbordar de sentimentos noveleiros cor-de-rosa, que não traz nada de novo ao panorama literário.
- Conto “Amor de viagem”, de Vilaça Lopes – Em duas frases: “nada tem a ver com o tema” (só alguém com uma pseudo-intelectualidade muito rebuscada ao nível de Sartre ou Derrida poderá encontrar ali algo que pudesse ir a concurso) e, segunda frase, “Miguel Torga”. Fico-me por aqui.
- Conto “Café Avenida”, de Jorge Campião – Excelente uso da língua, excelente história baseada num mal-entendido. O primeiro que merecia estar nesta colectânea.
- Conto “Um, dois, três”, de Rosa Bicho Gonçalves – Uma lufada de ar fresco. Passamos de uma E. L. James e de uma Rebelo Pinto do 1º e 2º contos para algo literariamente superior. Este conto traz-nos uma renovação linguística, algo difícil de encontrar em novos escritores ou aspirantes a tal, revelando uma coragem literária que, afortunadamente, não passou ao lado da apreciação do júri. Vi neste conto uma revisitação da dor, quase disfórica, numa tentativa clara de sublimação da mesma. Constrói uma certeza absoluta, através de pequenos actos pueris do quotidiano, de que o ser amado iria voltar. História muito bem construída, em que os diálogos, tecnicamente reinventados, tornam a leitura fluída, como se o conto nos passasse directamente para o pensamento sem o lermos.
Resumindo: a distribuição dos contos nesta colectânea pode ter sido efectuada por ordem alfabética, tendo em conta o nome do autor. Outra leitura possível será por ordem crescente de qualidade...
Ass: Pedro Teixeira